O inverno não traz apenas a queda nas temperaturas e o aumento das chuvas, mas também um crescimento significativo nos casos de doenças respiratórias. Na Bahia, desde o início do ano, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) já contabilizou 2.916 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com 123 óbitos registrados.
O frio intenso, aliado à maior circulação de vírus e ao costume de permanecer em ambientes fechados e com pouca ventilação, eleva o risco de contágio de doenças como resfriados, gripes, COVID-19, rinites alérgicas, sinusites, além de crises de asma e bronquite. Esse cenário destaca a importância de redobrar os cuidados especialmente com os grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com comorbidades.
A Fisioterapia é uma aliada fundamental no enfrentamento das doenças respiratórias, especialmente durante os períodos de maior incidência. A fisioterapeuta Dra. Adriana Faiçal, coordenadora da Câmara Técnica de Fisioterapia em Neonatologia e Pediatria do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITO07), diz que, em muitos casos, a insuficiência respiratória pode se agravar, exigindo atenção especializada. “Nessas situações, a atuação do fisioterapeuta é essencial — desde a manutenção da permeabilidade das vias aéreas até a orientação às famílias e a prevenção de complicações”, afirma
“É importante destacar que, em quadros mais graves, o tratamento medicamentoso isolado pode não ser suficiente. A assistência fisioterapêutica integrada faz toda a diferença na evolução clínica, especialmente em crianças acometidas por infecções respiratórias agudas”, garante Dra Adriana Faiçal
Ela ainda explica que a fisioterapia respiratória pode ser realizada em atendimento domiciliar, ambulatorial, como cuidado secundário, ou durante internações hospitalares, quando passa a ser indispensável para o suporte ventilatório, o manejo de secreções, o posicionamento adequado e a recuperação funcional do paciente.
