O Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 7ª. Região (Crefito-7) participa da campanha dos meses coloridos, como a do Novembro Azul, para o combate ao câncer de próstata.
Profissionais como a terapeuta ocupacional Andréa Minelli estão mobilizadas para aproveitar o Dia Mundial de combate à enfermidade, utilizando os meios de comunicação do órgão federal para reforçar o cuidado com os homens.
-O Novembro Azul no mundo significa conscientizar os homens a cuidar deles próprios; hoje graças a Deus, nos dias atuais, já está havendo um movimento muito grande de conscientização em várias cidades, várias capitais, já há muito tempo de fazer e prevenir o câncer de próstata”, disse Andréa Minelli.
Segundo Andréa Minelli, é preciso ao homem ter cuidado com ele mesmo, seguindo a mobilização no Brasil e outros países em relação ao câncer de próstata, pois apesar dos avanços, a “situação é muito preocupante”.
-O preconceito existe, alguns homens já fazem exame, mas quando já sente alguma coisa, alguma alteração”, lamenta a profissional filiada ao Crefito-7.
Para Andréa Minelli, “é muito importante, nós profissionais de saúde, termos a condição de elaborar projetos, para o homem prevenir-se antes de sentir alguma alteração no corpo dele”.
Exercendo o talento do didatismo, Andréa Minelli traduz a prevenção como uma rotina de hábitos saudáveis, tomando os devidos cuidados para realizar as atividades da vida diária.
– A mulher vai ao ginecologista, mas no caso dos homens, é preciso fazer mais palestras, para ele se conscientizar de não precisar de procedimento cirúrgico, a fim de evitar ficar afastado da família em condições alteradas”, afirma a terapeuta ocupacional.
O Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata deu origem ao movimento Novembro Azul e teve início em 2003, na Austrália, com o objetivo de chamar atenção para a prevenção e o diagnóstico precoce da doença.
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer, respaldados pela Sociedade Brasileira de Urologia, 42 homens morrem por dia de câncer de próstata e 3 milhões enfrentam a doença, dos quais 70 mil novos casos no Brasil.
FISIOTERAPIA PÓS-OPERATÓRIA
Já a fisioterapia pode ajudar o paciente, variando de acordo com o estágio da doença, desde o curto prazo, logo após a cirurgia, assinala Luana Saldanha, diretora de tesouraria do Crefito-7 e conselheira estadual de Saúde.
Segundo Luana Saldanha, os exercícios respiratórios ajudam na recuperação da capacidade pulmonar após a cirurgia: há também a mobilização precoce, estimulando a circulação sanguínea a fim de prevenir complicações.
-O fisioterapeuta orienta exercícios chamados de “assoalho pélvico”, a fim de contribuir para a recuperação do controle urinário e de excreção após a remoção da próstata”, acrescenta a fisioterapeuta.
A médio prazo, durante a radioterapia ou outros tratamentos, é possível ministrar exercícios de fortalecimento a fim de melhorar a resistência e combater a fadiga associada ao tratamento.
Não para por aí: Luana Saldanha destaca também a prática de alongamentos e mobilidade a fim de reduzir o desconforto corpóreo contribuindo com a preservação da flexibilidade.
Na parte teórica, não menos importante em relação à prática, o homem é informado sobre possíveis impactos e melhores táticas de gerenciamento dos efeitos da terapia.
Já a longo prazo, é a vez de recuperar a função sexual, tão relevante para o bom humor e a alegria de viver, por meio de exercícios de condicionamento, relevantes na promoção da saúde geral do homem.
Em trabalho multidisciplinar, o fisioterapeuta ajuda a lidar com questões emocionais e a adaptação inevitável às mudanças físicas, em modo aconselhamento, segundo a diretora do Crefito-7.
-É importante trabalhar em estreita colaboração com um fisioterapeuta especializado, que pode adaptar o plano de tratamento de acordo com as necessidades individuais do paciente. O acompanhamento contínuo e a comunicação aberta ajudam a ajustar a terapia conforme necessário ao longo do tempo”, acrescentou Luana Saldanha.