Uma classe de mais de 100 profissionais e estudantes de fisioterapia trocou os prazeres efêmeros de um belíssimo sábado de sol, em frente ao mar de Salvador, pelo conhecimento duradouro da Classificação Brasileira de Diagnósticos Fisioterapêuticos (CBDF).
Foi um dia de aula magna, ministrada pelo doutor Fernando Muniz, acerca de 1.800 itens de afecções envolvendo o corpo, a fim de favorecer a melhor prescrição, visando ao enfrentamento da dor e do sofrimento produzidos por variações impostas à anatomia humana.
Na abertura, o presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 7ª Região – Bahia (Crefito-7), Sandro Suares destacou a importância do curso, dentro do projeto Capacita Mais, desenvolvido pelo órgão federal.
– Vamos replicar este curso pelos municípios do interior do Estado a fim de ampliar a qualificação dos nossos fisioterapeutas, tornando o Conselho mais participativo e ao alcance de todas e todos”, afirmou Sandro Suares, antes de fazer uma “selfie” gigante com a multidão presente a um dos auditórios do hotel Bahiamar, no bairro do Jardim de Allah.
O doutor Fernando Muniz, coordenador do grupo responsável pelo trabalho inédito mundialmente, cativou a plateia, durante sete horas de explanação, aplicando o didatismo à plena carga, com metáforas, atividades lúdicas e toda a informação precisa sobre a auspiciosa classificação.
Reconhecida em congressos internacionais, realizados em Dubai, nos Emirados Árabes, e Lima, no Peru, a CBDF permite ao fisioterapeuta ajustar o fenômeno observado no paciente, em parceria com os médicos, a um determinado diagnóstico, representado em letras e números.
– Desta forma, agora, fica mais fácil acertar a terapêutica apropriada, verificando-se o aperfeiçoamento contínuo com a análise das propostas recebidas da própria comunidade para avaliação científica dos membros do grupo de trabalho, do qual tem participação decisiva o doutor Bruno Prata Martinez”, disse doutor Fernando Muniz, representando, na ocasião, o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito).
Ao lembrar a raiz da palavra diagnóstico, do grego “diagnóstikos”, algo como “capaz de discernir, distinguir”, em tentativa aligeirada de tradução para o português, o doutor Fernando Muniz facilitou a compreensão da proposta de pesquisa com objetivo de favorecer a avaliação dos problemas de naturezas diversas.
A capacitação contou com integrantes da alta corte do Crefito-7, além do presidente Sandro Suares, as doutoras Luana Saldanha e Gracielle Santos, entusiasmada com a proposta de levar este curso e muitos outros para Ilhéus, no Sul do Estado, onde atua, e todas as regiões baianas.
Para a estudante de fisioterapia da universidade Unijorge, Ana Luiza de Jesus, o curso atendeu todas as expectativas, enquanto a profissional Jucilene da Costa Vasconcelos saiu de Alagoinhas, 5 da manhã, para festejar o fato de o Crefito, enfim, mobilizar-se para produzir um curso com esta qualidade, adicionando a promessa de realizar muitos outros nos próximos anos.