Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional

DIA MUNDIAL DA PESSOA IDOSA

CREFITO-7 apoia a “Década do Envelhecimento Saudável”

O dia 1º de outubro é dedicado à celebração do Dia Mundial da Pessoa Idosa. No Brasil, o envelhecimento da população vem ocorrendo a uma velocidade impressionante, e a Bahia se destaca como um dos estados com o processo de envelhecimento mais acelerado. Projeções indicam que, até 2070, haverá um acréscimo de 2,8 milhões de pessoas com 60 anos ou mais à população idosa atual no estado.

Essa realidade não se limita à Bahia; a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) tem o plano “Década do Envelhecimento Saudável nas Américas”, uma estratégia essencial para promover uma sociedade inclusiva para todas as idades.

Nesse contexto, a atuação de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais é fundamental para assegurar um envelhecimento saudável, em colaboração com diversos setores. A Fisioterapia e a Terapia Ocupacional são profissões com especialidades em Gerontologia reconhecidas e disciplinadas pelo COFFITO, por meio das Resoluções n° 476/2016 e n° 477/2016, respectivamente.

Atualmente, há 2.310.505 pessoas idosas na Bahia. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), espera-se um crescimento de 123,8%, totalizando 5.171.132 idosos até 2070, o que representará 40,3% da população. A Bahia deverá ter o segundo maior contingente de pessoas idosas do Brasil, ficando apenas atrás do Distrito Federal, que deverá ter 40,4%.

Diante dessa realidade, a estratégia da OPAS é imperativa. “Esse plano é fundamental. Precisamos de profissionais qualificados na área da gerontologia, titulados pelo COFFITO para atender essa população crescente. Investir na formação de profissionais de excelência é essencial”, destaca a conselheira do CREFITO-7 e coordenadora Câmara Técnica de Terapia Ocupacional na Atenção à Saúde da Pessoa Idosa, Dra. Joice Paixão.

Os fisioterapeutas também desempenham um papel significativo na implementação da estratégia da OPAS. “Eles promovem um envelhecimento ativo por meio de políticas públicas e programas voltados para a terceira idade, oferecendo educação em saúde e atividades físicas regulares”, afirma Dr. Daniel Dominguez Ferraz, coordenador da Câmara Técnica de Fisioterapia em Gerontologia do CREFITO-7.

Apesar dos esforços, os profissionais alertam para a falta de articulação e recursos nas políticas públicas. “Os projetos existentes, embora incentivem o empoderamento e busquem qualidade de vida, ainda são desarticulados e carecem de continuidade e financiamento”, ressalta Dr. Daniel Ferraz. “Precisamos de pessoas idosas ativas, ocupando espaços culturais e sociais, interagindo com seus pares”, conclui Dra. Joice Paixão.