O dia 28 de fevereiro é marcado como uma data para conscientização e prevenção das Lesões por Esforços Repetitivos e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (LER/DORT). Estas condições têm ganhado cada vez mais atenção devido ao impacto na saúde dos trabalhadores e na produtividade das empresas. Por isso, as Câmaras Técnicas de Fisioterapia do Trabalho e Perícia e a de Terapia Ocupacional na Saúde do Trabalhador e Perícia do CREFITO-7 atuam para discutir, informar e avançar no que diz respeito à LER/DORT.
O que são LER/DORT?
As LER/DORT são condições que afetam o sistema musculoesquelético, incluindo músculos, tendões, nervos e articulações, e são frequentemente causadas por movimentos repetitivos, posturas inadequadas e sobrecarga física no ambiente de trabalho. Esses distúrbios podem resultar em dor crônica, dificultando a realização de tarefas diárias e comprometendo a qualidade de vida do trabalhador. As lesões podem ser progressivas, e, se não tratadas corretamente, podem causar danos irreversíveis.
Prevenção é a chave
A prevenção é sempre o melhor caminho, e as ações para evitar as LER/DORT devem ser uma prioridade tanto para empregadores quanto para trabalhadores. A melhoria das condições ergonômicas no ambiente de trabalho, com a inclusão de pausas regulares durante a jornada, é um dos passos mais eficazes. Além disso, a prática de exercícios e alongamentos para fortalecer a musculatura e aumentar a flexibilidade deve ser incentivada.
O papel do Terapeuta Ocupacional
O Terapeuta Ocupacional desempenha um papel fundamental na promoção de um ambiente de trabalho saudável e na prevenção das LER/DORT. Esse profissional utiliza uma variedade de técnicas e conhecimentos para melhorar as condições de trabalho, identificando fatores de risco, orientando os trabalhadores sobre posturas adequadas e adaptando o espaço de trabalho às necessidades de cada um.
“Entre as ações do Terapeuta Ocupacional, destacam-se a vigilância de ambientes de trabalho, avaliação das condições ergonômicas a fim de transformar os ambientes de trabalho, como avaliação postural, ritmo de trabalho, ajustes nos mobiliários e ferramentas de trabalho de acordo com os princípios de ergonomia e a promoção de pausas ativas. Esse acompanhamento contínuo é essencial para garantir a saúde e o bem-estar dos trabalhadores”, destaca Dra. Fernanda Lima, membro da CT de Terapia Ocupacional na Saúde do Trabalhador e Perícia do CREFITO-7.
“Além disso, no caso de trabalhadores que já sofreram afastamentos devido a LER/DORT, o Terapeuta Ocupacional tem um papel importante na reintegração ao trabalho, com um plano gradual de retorno que considera a condição psico fisiológica do trabalhador, ajustando suas funções e a exposição ao esforço repetitivo”. O trabalho deve respeitar as características psico fisiológicas de todos os trabalhadores”, acrescenta Dra. Fernanda Lima.
A importância do Fisioterapeuta no combate às LER/DORT
O fisioterapeuta atua na prevenção e no tratamento das LER/DORT, contribuindo diretamente para a redução dos impactos dessas condições na saúde do trabalhador e na produtividade da empresa. “O fisioterapeuta do trabalho realiza a análise ergonômica, implementa medidas de prevenção, oferece treinamento para os trabalhadores e desenvolve programas de reabilitação para aqueles que já estão com a condição. Além disso, o fisioterapeuta perito tem um papel fundamental em processos administrativos e judiciais relacionados às LER/DORT. Sua atuação envolve a realização de perícias técnicas para avaliar a relação entre a doença e as atividades laborais, além de elaborar laudos e pareceres técnicos que fundamentam decisões sobre afastamentos, indenizações e adaptações no ambiente de trabalho”, explica a coordenadora da CT de Fisioterapia do Trabalho e Perícia do CREFITO-7, Dra. Aline de Oliveira.
Neste 28 de fevereiro, o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 7ª Região (CREFITO-7) reforça a importância da atuação dos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais na promoção da saúde ocupacional. A implementação de políticas eficazes de prevenção, o acompanhamento especializado e o tratamento adequado são essenciais para minimizar os afastamentos e melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, ao mesmo tempo em que otimiza a produtividade nas empresas.
